sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Apparat em Salvador

Com a notícia dada pelo rraurl de que o dj e produtor de eletrônica alemão Apparat vai fazer uma apresentação em Salvador no Kulturfest do Instituto Goethe em novembro, só me resta recomendar a quem ainda não ouviu a dar uma escutada no seu último álbum Walls (2007). Ao contrário das produções techno/minimal que caracterizaram seus 2 discos anteriores, esse é um trabalho com banda, mais pop, cheio canções melancólicas em tom menor e recheado de violões. O resultado é bem bom e vai ser legal conferir ao vivo. Para quem quiser saber detalhes da vinda é só acessar o rraurl

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

"Parisian Goldfish" do Flying Lotus


Lembram quando falei que "Parisian Goldfish", do Flying Lotus, dava uma bela roda de break? Cheguei perto. O clip é quase isso, mas ainda melhor que a encomenda. Cheio de sexo explicito e flashes coloridos alucinantes. E o casal ai em cima bota qualquer fã de 'arrocha' pra corar. Para ver basta clicar aqui

Heartbreak - Lies / Ladyhawke - Ladyhawke



Ou como soar derivativo dos 80 se tornou uma importante atitude para ser cool nos 00.
Ladyhawke e Heartbreak. Dois projetos, duas histórias, mas que em comum carregam o fato de serem exemplos da nostalgia do futuro que vem impregnando a música pop atual. Hoje, nesse tipo de música, parece que tão importante quanto homenagear suas influências é ser iguais a elas. Nesse processo, onde a linha que separa o bom do ruim é bastante tênue, o mais comum é que se caia na armadilha de forjar um som apenas derivativo, que vale mais pelo que ele lembra, do que pelo que ele realmente é. Vele dizer que manipular influências como forma de criar algo novo é um dom, mas raro.
Pelas idades dos integrantes dos projetos aqui mostrados é possível falar que nenhum deles vivenciou os anos 80 full lenght. Então, num esforço contraditório para soarem o mais moderno possível, eles se apegam ao passado ‘remoto’ como formar de gritar as suas referências e impor certo respeito através delas.
O Heartbreak, duo anglo-argentino que lança seu primeiro disco, constrói uma trilha totalmente calcada na ítalo disco dos anos 80. Uma disco mais melancólica feita por produtores –principalmente do norte – da Itália como Giorgio Moroder, Casco, Albert One e Café Society (sul africano), que no começo dos anos 80 faziam a festa das ‘danceterias’ de todo mundo. O gênero viveu seu ápice entre 83 e 85 e depois se degenerou até se transformar na euro house – uma outra história...Atualmente, o som vem ganhando nova atenção e adeptos em Londres graças a noites de sucesso como Cocadisco e Disco Bloodbath.
Como sub-gênero, a ítalo disco influenciou pesadamente, com seus sintetizadores melódicos e semi-distorcidos, o som de bandas importantes como New Order, Depache Mode, Pet Shop Boys e Human League. Ecos de todas essas bandas e produtores podem ser ouvidos aqui em “Lies”, um disco que se aproveita de esquemas já usados, mas que não falha em entregar faixas prontas para mover pistas. Regret, que abre o disco, lembra Scissors Sisters nos vocais, “Robot’s got the feeling”, que com um bom remix vira hit fácil e “We are back” são destaques. Mas é só. O resto do disco é mais pretensão do que criação. Mais interessante é dar um click nos links acima e conhecer os originais.
Tirando seu nome do famoso filme dos anos 80 “Ladyhawk”, que aqui no Brasil se chamou “O Feitiço de Áquila”, a cantora australiana Pip Brown usa o seu primeiro álbum, homônimo, para render uma grande homenagem aos – adivinhem... – anos 80. Seu synthpoprock palatável tanto para rádios quantos para ipods mais indies, soa agradável aos ouvidos e diverte enquanto tenta simular uma leve rebeldia roqueira. O disco daria um compacto sensacional se só tivesse os hits “Paris is Burning” e “Dusk till Dawn”. Mas a seu favor conta o fato de ter outras faixas bem bacanas como “Manipulating Woman”, “Back of the Van” “Morning Dreams” e “Professional Suicide”, que parece bastante com “Believe Achieve” do Cansei de Ser Sexy. Um disco leve e legal de ouvir descompromissadamente. Se você não tiver problema com cópias, é claro.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

TV on the Radio - Dear Science


Apesar de saudado por 10 entre 10 revistas e sites e blogs como um dos melhores discos de 2006, nunca consegui entender a razão do sucesso de Return to Cookie Montain, segundo disco do TV on the Radio. Para mim, suas músicas soavam experimentais demais, confusas e sem um foco definido, como uma bola de tênis num corredor frio quicando de parede em parede sem nunca acertar o seu alvo. A banda se atirava para todo lado sem explicitar exatamente o que queria. Talvez as letras, cheias de críticas, belas imagens e um tanto paranóicas, explicassem a atração que a banda exercia na crítica e em certos círculos de rock underground. Mas sem boas músicas, letras pop não são nada...Para muitos (os mais racistas) um motivo de atração vinha do fato da banda ser formada por quatro caras negros e um branco –, o que poderia soar exótico para alguns, mas não para mim. A verdade é que Return to Cookie Montain não bateu e o TVoR permanecia longe das minhas preferências. E a melhor definição que conseguia achar para eles vinha do jornal inglês The Guardian “música difícil feita mais para ser admirada do que amada”.
Pois bem, minha relação de desconfiança com a banda cessou desde a primeira audição do seu novo lançamento: Dear Science. Um disco focado, mais pop, altamente melódico, onde o experimentalismo – mínimo, diga-se – não soa nunca como uma atitude pedante, mas uma necessidade que casa perfeitamente com a intenção da música. Aqui, a proposta da banda parece mais clara, desde a bela faixa de abertura “Halfway Home” passando pelo drum’n’bass rocker de “Dancing Choose”, o impagável funk de “Golden Age”, o afro beat de “Red Dress” até o fechamento com “Lover’s Day”, nada é demais nem sobra na costura. Enfim, um grande disco que, ao contrário do anterior, merece estar em muitas listas de melhores do ano.

Para ouvir:

Para baixar:

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

MOMO - Buscador



Um dos melhores discos nacionais de 2008 tem nome de GPS, cheiro de anos 70, ecos de Clube da esquina e, acreditem, influência de Geraldo Azevedo. É Buscador, segundo disco do Momo (aka Marcelo Frota). Ele vem para salvar um ano pobre de bons lançamentos nacionais, de coisas que realmente valham a pena. É preciso ser pedra para não se encantar com esse folk mineiro-nordestino delicado e melancólico.
Ex-Fino Coletivo, Marcelo Frota resolveu seguir o seu caminho sozinho para ter tempo de divulgar seu projeto pessoal, o Momo. Acertou em cheio. Aqui, nada lembra a sua antiga
(e fraca) banda. O papo sai do groove forçado e sem graça do Fino para a introspecção de uma tarde cinzenta repleta de tristezas e sentimentos enviesados. Se o disco anterior, Estética do Rabisco, já chamava atenção por sua poesia tocante, esse chega para confirmar o seu talento.
Da primeira faixa “É preciso Ser Pedra” até a última “Fin” desfilam 10 belas canções capazes de surpreender ouvidos atentos e ávidos por substância musical de qualidade. Nelas, Momo é capaz de uma releitura personalista do folk e da MPB dos anos 60 e 70 que não se limita a baixar a cabeça para as suas influências.
“Se eu pudesse esconder toda amargura/ se eu pudesse mudar a direção/ Quando o peito me aperta eu me sinto criança/ me lembro do dia em que fomos irmãos” canta ele em “Irmãos”. Sua nostalgia é embalada por uma melodia que poderia estar no ‘disco do tênis’ de Lô Borges ou até mesmo no já citado Clube da Esquina.
Se as letras expõem as sua fraturas emocionais e deixa transparecer uma certa impotência em relação à tristeza, momentos de claro otimismo também são vistos por aqui. Um exemplo desse embate é - ironicamente - a excelente faixa “Tristeza”, onde ele se reafirma cantando versos como “...o sol nascerá...” e “tristeza de bar não vou te abraçar”. Melodia afinadíssima e guitarras psicodélicas acompanham essa delicada luta. Outro bom momento que merece destaque é o folk meio Beatles rural de “Se Você Vem”, com direito a palminhas e clima animado.
Costurando busca e dor no mesmo discurso, como faces diferentes da mesma moeda, o Momo fez um cd coeso, cheio de boas músicas e que merece uma boa ouvida.
Sabe toda aquela atenção que a mídia vem dando para artistas como Vanguart e Malu Magalhães? Deveriam dar pra esse cara.

Ps: O cd está disponível para ser baixado de graça até o dia 31/9 no site do Momo. Se eu fosse você baixava.

Pra ouvir:
http://www.myspace.com/momoproject

Para baixar:
http://www.listentomomo.com/index.php



quarta-feira, 17 de setembro de 2008

E nós chegamos ao fim


“Éramos mal-humorados e super remunerados. Nossas manhãs careciam de expectativas. Os que fumavam pelo menos tinham algo por que esperar às 10:15. A maioria gostava de quase todo mundo, uns poucos detestavam indivíduos específicos, um ou outro amavam a tudo e a todos. Os que amavam à todos eram unanimemente insultados. (...) Nossos benefícios eram espantosos em amplitude e qualidade. Às vezes questionávamos se valiam a pena. Pensávamos que mudar para a Índia poderia ser melhor, ou voltar para a escola de enfermagem. Fazer algo em prol dos deficientes ou trabalhar com as nossas próprias mãos. Ninguém jamais concretizou tais impulsos (...). Em vez disso, nos reuníamos em salas de conferência para discutir as questões do dia.”

Assim começa o livro “E nós chegamos ao fim” do escritor americano Joshua Ferris, recém lançado no Brasil pela Nova Fronteira. O autor narra com acidez e fino sarcasmo o cotidiano de uma agência de publicidade. Principalmente o setor que normalmente é chamado cérebro da empresa: o departamento de criação. Suas personagens, extremamente realistas, são publicitários frustrados, individualistas e à beira de um ataque de nervos com o estouro da bolha das empresas .com. Todos temem que a crise econômica advinda daí ceife seus cargos e os ótimos salários e benesses a que estão acostumados. Com uma prosa precisa, fluida, sem carregar em estilismos, o escritor vai construindo um ambiente onde o pânico e a paranóia da demissão imperam, pois ninguém quer ser próximo da lista. Longe de fazer um livro corporativo, Ferris mostra com a sua escrita um universo cruel, uma realidade onde o indivíduo existe para ser empurrado ao limite, na maioria das vezes pela dominante filosofia do consumismo. Aqui não há só algozes nem só vitimas. Ambos se equiparam. Uma saída possível seria retomar os ideais de liberdade e volta ao essencial, à natureza de escritores como Whitman, Thureau e Emerson – citado no início do livro.
Algumas passagens são de um humor negro desconcertante. Como o caso da filha de uma das funcionárias da agência que é seqüestrada. Nessa hora, todos na criação se unem para fazer o cartaz de ‘procura-se’ com a foto da menina. Só que descobrem que na foto o sorriso dela é meio torto e perdem horas na frente do computador usando photoshop para corrigir o que eles consideram uma imperfeição. No final, descobre-se que a menina foi morta e encontrada num terreno baldio em um saco plástico.
Nick Hornby elogiou o cara apontando-o como uma mistura de Kafka com a série The Office. O NY Times colocou o livro entre os seus 10 melhores do ano. Eu só posso dizer que é um livro altamente devorável feito para ler com o maior prazer.

domingo, 14 de setembro de 2008

++









Por hora é o que está rolando nas ++ do tocador. Tem coisas muito legais sem nenhuma história como o Empire of the Sun, músicas fantásticas de discos idém, como as do Lil. Wayne, coisas que não saem do play desde que ouvi pela primeira vez como o disco de Erykah Badu e coisas antigas recém descobertas como o Pnau, cujo disco é todo muito bom.



Tem coisas novas sobre as quais ainda não me convenci como Metronomy (gosto menos) e Late of Pier (gosto mais), que, independente da irregularidade dos cds que lançaram, têm faixas muito boas, como as que estão aqui. E, finalmente, musica clássica para a qual se volta sempre: Fela Kuti e Marcos Valle.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Solomon

Solomon, dj e produtor,  é o cara por trás de um dos selos mais bacanas de deep house, o Diynamic, sediado na Alemanha. Seu som é uma deep mais próxima do tech e do minimal, mas melodica e com alma. Antes de ter o seu próprio selo, gravou pelos respeitados Sonar Kollektiv, Compost e Dessous. Ele deu essa boa entrevista ao blog tricky disco . Basta clicar no link do blog para ler.    

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Jimpster - Rmeixes

Jimpster é um dos caras mais criativos da house music. Desde os seus momentos mais deep, até quando transita por estilos  diversos (broken beat, nu jazz) nunca perdeu o rebolado da “real house music”. Lançou uma das melhores faixas de deep house do ano “Momma’s Groove” de incendiar qualquer pistão. Basta baixar a agulha para o efeito devastação ser sentido. Em 2008, o DJ, que é dono do Freerange Reords, lançou também Rmeixes, um cd duplo (um deles mixado) com seus remixes de 2004 a 2008. Aqui podemos vê-lo imprimindo o seu estilo sutil mas cheio de groove em músicas de nomes respeitados na cena como Iz & Diz, Akabu, Lo:Rise, Motorcitysoul e Hipp-e, entre outros.  Numa época em que as releituras da disco, o eletro indie e o minimal já não representam mais grandes novidades pelo desgaste excessivo do hype, é salutar voltar a nomes com história e substância como o de Jimpster para relembrar o que é boa música de pista sem apelos nem modismos. Para quem, como eu, é fanático pelo melhor da house esse disco é imperdível. A cura perfeita para os afastar os minimals e eltrohouses da vida  que insistem em povoar cases de montanhas de DJs. 

Para ouvir:

http://www.myspace.com/jimpster

 

Para baixar:

http://www.mininova.org/

http://thepiratebay.org/

 

Ted & Francis

Ted & Francis é um projeto paralelo do pessoal do Like Woah!.
Formados na Austrália, ambos transitam no campo do eletro/synth pop que já se tornou a marca registrada do som feito naquele país, casa do Cuty Copy, Midnight Juggernauts, Presets, etc. Ao contrário do Like Woah, mais eletrônico, sintético, o Ted & Francis aposta muito mais na força das melodias e nos vocais pop. Recentemente assinaram com o selo francês Kitsuné e integram a 6ª coletânea da gravadora – prestes a ser lançada e nomeada como The Melodic One.
A Kitsuné é conhecida por ser ponto de referência para muita gente, mas atualmente anda em baixa entre os fãs por conta de uma repetitividade meio indulgente no que anda produzindo. O Ted & Francis é uma boa aposta. O som pode não ser algo que vai mudar o mundo, mas, dançante e pra cima, dá um certo refresh na formula do estilo que fazem. Ficaram conhecidos nos blogs de música pela faixa “Erlend”. Além dela, há poucas informações sobre o projeto na net e apenas 3 faixas disponíveis no myspace deles. Não sei se vai vingar, mas vale a pena dar uma escutada, pois tem potencial para tanto.

Para ouvir:
http://www.myspace.com/tedandfrancis

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Armandinho no Justice?

Quem conhece o carnaval da Bahia sabe que tem umas horas no desfile de trios em que figuras como Armandinho, Pepeu Gomes e até mesmo Cid Guerreiro (ilari-lari-lariê) tentam mostrar seus dotes guitarrísticos e algum conhecimento de “rock” em “altos” solos de guitarra no meio da festa de momo. Geralmente é um momento saco em que ninguém dança, todo mundo finge ser eclético e super aberto a novas tendências no reino da axé-music. Esses solos geralmente são super ‘inspirados’ no virtuosismo de grandes “feras” do rock como Jimmy Page, Richie Blackmore e até Malmsteen (Durval do Asa...). Bem, parece que o Justice ouviu uma dessas sessions e resolveu fazer uma música super inspirada nos caras: Planisphere. É dividida em partes 1, 2, 3 e final (sinfonia?) e a parte final é exatamente a que mais tem cara de Cid Guerreiro.  Alias, o Justice nessa de ser roqueiro as vezes vira uma coisa meio hard farofa...  

Para ouvir:

http://www.myspace.com/etjusticepourtous



terça-feira, 2 de setembro de 2008

The Twelves - Episode II

Para quem, assim como eu, gosta de um bom synth pop (Cut Copy, Russ Chimes) tem o Episode II, o novo mix do The Twelves, dupla de Niterói, no Rio, que está em rápida ascensão na cena mundial. Como remixadores de outras bandas ou nas próprias composições, os caras demonstram cuidado, um senso melódico finíssimo, apuro técnico e musical. Já fizeram remixes para Black Kids, M.I.A., Erlend Oye e Kylie Minogue, entre outros nomes famosos. Suas músicas mais recentes “Work for Me” e “When You Walk” são de uma beleza solar impressionante. Perfeitas para rolar a caminho da praia ou no final de uma noite de farra onde tudo deu certo. Pena que ainda não têm um cd lançado - que deve chegar em breve, provavelmente pela australina Modular. Por enquanto ficamos com Episode II, o mix, que traz alguns dos trabalhos da banda e hits de nomes já consagrados na cena de rock independente e eletrônica. Confira o tracklist:

01 Zeigeist - Humanitarianism (The Twelves Remix Replay)
02 Radiohead - Reckoner (The Twelves Replay)
03 Mirwais - Naive Song
04 Of Montreal - Gronlandic Edit
05 David E. Sugar - To Yourself
06 The Virgins - Rich Girls (The Twelves Remix Replay)
07 Daft Punk - Voyager
08 Jupiter - CHIP
09 Fleet Foxes - White Winter Hymnal (The Twelves Replay)
10 Metronomy - Heartbreaker
11 The Twelves - Works for Me (The Twelves Replay)
12 Lykke Li - Dance Dance Dance (The Twelves Replay)

Para ouvir:
http://www.myspace.com/thetwelves

Para baixar o mix:
Episode II

Little Boots e Fan Death - Já vi esse filme antes...

Fuja, corra, passe bem longe de dois hypes que estão bombando na blogosfera e já estão sendo vendidos como lançamentos mais quentes do ano: Fan Death e Little Boots. Em ambos os casos é o velho e manjado efeito cascata. Um blog bem reputado vê alguma graça na coisa, quer sair como lança-tendências e vende sua descoberta pelo que acha que ela vale. Os outros blogs seguidores lêem ali, acreditam na coisa e servem como evangelistas, espalhando aos quatro cantos a novidade. Pois bem, dentro da lógica do buzz, esses dois projetos são as sensações da hora. O primeiro, Fan Death, emula uma nu-disco (a onda do momento entre os jovenzinhos hipsters que cansaram da nu-rave) modorrenta, cheia de violinos pegajosos e vocais de uma dupla feminina de voz bem rasa e sem graça. Um mero derivativo de Hercules & the Love Affair, mas sem o mesmo talento. A segunda, Little Boots, é só um pouco melhor, mas nada do que estão dizendo. Exceto por uma boa música “Stuck on Repeat”, produzida pelo vocalista/tecladista do Hot Chip, não tem muito a acrescentar a ninguém. Tem um set dela rodando pela net e podemos perceber que como DJ ela se sai bem melhor que compositora. Nenhuma das duas tem ainda lançamentos dignos do nome que estão fazendo. Meu conselho é: a essas apostas, prefira uma outra, também precoce, bem mais interessante, Ladyhawk, uma espécie de Kim Carnes do eletro-rock. Para quem quiser conferir as “novidades”, estão ai os links:

Para ouvir:
http://www.myspace.com/ladyhawkerock
http://www.myspace.com/littlebootsmusic
http://www.myspace.com/fandeath