
sexta-feira, 26 de setembro de 2008
Apparat em Salvador

quinta-feira, 25 de setembro de 2008
"Parisian Goldfish" do Flying Lotus

Lembram quando falei que "Parisian Goldfish", do Flying Lotus, dava uma bela roda de break? Cheguei perto. O clip é quase isso, mas ainda melhor que a encomenda. Cheio de sexo explicito e flashes coloridos alucinantes. E o casal ai em cima bota qualquer fã de 'arrocha' pra corar. Para ver basta clicar aqui
Heartbreak - Lies / Ladyhawke - Ladyhawke


Ladyhawke e Heartbreak. Dois projetos, duas histórias, mas que em comum carregam o fato de serem exemplos da nostalgia do futuro que vem impregnando a música pop atual. Hoje, nesse tipo de música, parece que tão importante quanto homenagear suas influências é ser iguais a elas. Nesse processo, onde a linha que separa o bom do ruim é bastante tênue, o mais comum é que se caia na armadilha de forjar um som apenas derivativo, que vale mais pelo que ele lembra, do que pelo que ele realmente é. Vele dizer que manipular influências como forma de criar algo novo é um dom, mas raro.
Pelas idades dos integrantes dos projetos aqui mostrados é possível falar que nenhum deles vivenciou os anos 80 full lenght. Então, num esforço contraditório para soarem o mais moderno possível, eles se apegam ao passado ‘remoto’ como formar de gritar as suas referências e impor certo respeito através delas.
O Heartbreak, duo anglo-argentino que lança seu primeiro disco, constrói uma trilha totalmente calcada na ítalo disco dos anos 80. Uma disco mais melancólica feita por produtores –principalmente do norte – da Itália como Giorgio Moroder, Casco, Albert One e Café Society (sul africano), que no começo dos anos 80 faziam a festa das ‘danceterias’ de todo mundo. O gênero viveu seu ápice entre 83 e 85 e depois se degenerou até se transformar na euro house – uma outra história...Atualmente, o som vem ganhando nova atenção e adeptos em Londres graças a noites de sucesso como Cocadisco e Disco Bloodbath.
Como sub-gênero, a ítalo disco influenciou pesadamente, com seus sintetizadores melódicos e semi-distorcidos, o som de bandas importantes como New Order, Depache Mode, Pet Shop Boys e Human League. Ecos de todas essas bandas e produtores podem ser ouvidos aqui em “Lies”, um disco que se aproveita de esquemas já usados, mas que não falha em entregar faixas prontas para mover pistas. Regret, que abre o disco, lembra Scissors Sisters nos vocais, “Robot’s got the feeling”, que com um bom remix vira hit fácil e “We are back” são destaques. Mas é só. O resto do disco é mais pretensão do que criação. Mais interessante é dar um click nos links acima e conhecer os originais.
Tirando seu nome do famoso filme dos anos 80 “Ladyhawk”, que aqui no Brasil se chamou “O Feitiço de Áquila”, a cantora australiana Pip Brown usa o seu primeiro álbum, homônimo, para render uma grande homenagem aos – adivinhem... – anos 80. Seu synthpoprock palatável tanto para rádios quantos para ipods mais indies, soa agradável aos ouvidos e diverte enquanto tenta simular uma leve rebeldia roqueira. O disco daria um compacto sensacional se só tivesse os hits “Paris is Burning” e “Dusk till Dawn”. Mas a seu favor conta o fato de ter outras faixas bem bacanas como “Manipulating Woman”, “Back of the Van” “Morning Dreams” e “Professional Suicide”, que parece bastante com “Believe Achieve” do Cansei de Ser Sexy. Um disco leve e legal de ouvir descompromissadamente. Se você não tiver problema com cópias, é claro.
segunda-feira, 22 de setembro de 2008
TV on the Radio - Dear Science

Pois bem, minha relação de desconfiança com a banda cessou desde a primeira audição do seu novo lançamento: Dear Science. Um disco focado, mais pop, altamente melódico, onde o experimentalismo – mínimo, diga-se – não soa nunca como uma atitude pedante, mas uma necessidade que casa perfeitamente com a intenção da música. Aqui, a proposta da banda parece mais clara, desde a bela faixa de abertura “Halfway Home” passando pelo drum’n’bass rocker de “Dancing Choose”, o impagável funk de “Golden Age”, o afro beat de “Red Dress” até o fechamento com “Lover’s Day”, nada é demais nem sobra na costura. Enfim, um grande disco que, ao contrário do anterior, merece estar em muitas listas de melhores do ano.
sexta-feira, 19 de setembro de 2008
MOMO - Buscador

Um dos melhores discos nacionais de 2008 tem nome de GPS, cheiro de anos 70, ecos de Clube da esquina e, acreditem, influência de Geraldo Azevedo. É Buscador, segundo disco do Momo (aka Marcelo Frota). Ele vem para salvar um ano pobre de bons lançamentos nacionais, de coisas que realmente valham a pena. É preciso ser pedra para não se encantar com esse folk mineiro-nordestino delicado e melancólico.
Ex-Fino Coletivo, Marcelo Frota resolveu seguir o seu caminho sozinho para ter tempo de divulgar seu projeto pessoal, o Momo. Acertou em cheio. Aqui, nada lembra a sua antiga
(e fraca) banda. O papo sai do groove forçado e sem graça do Fino para a introspecção de uma tarde cinzenta repleta de tristezas e sentimentos enviesados. Se o disco anterior, Estética do Rabisco, já chamava atenção por sua poesia tocante, esse chega para confirmar o seu talento.
Da primeira faixa “É preciso Ser Pedra” até a última “Fin” desfilam 10 belas canções capazes de surpreender ouvidos atentos e ávidos por substância musical de qualidade. Nelas, Momo é capaz de uma releitura personalista do folk e da MPB dos anos 60 e 70 que não se limita a baixar a cabeça para as suas influências.
“Se eu pudesse esconder toda amargura/ se eu pudesse mudar a direção/ Quando o peito me aperta eu me sinto criança/ me lembro do dia em que fomos irmãos” canta ele em “Irmãos”. Sua nostalgia é embalada por uma melodia que poderia estar no ‘disco do tênis’ de Lô Borges ou até mesmo no já citado Clube da Esquina.
Se as letras expõem as sua fraturas emocionais e deixa transparecer uma certa impotência em relação à tristeza, momentos de claro otimismo também são vistos por aqui. Um exemplo desse embate é - ironicamente - a excelente faixa “Tristeza”, onde ele se reafirma cantando versos como “...o sol nascerá...” e “tristeza de bar não vou te abraçar”. Melodia afinadíssima e guitarras psicodélicas acompanham essa delicada luta. Outro bom momento que merece destaque é o folk meio Beatles rural de “Se Você Vem”, com direito a palminhas e clima animado.
Costurando busca e dor no mesmo discurso, como faces diferentes da mesma moeda, o Momo fez um cd coeso, cheio de boas músicas e que merece uma boa ouvida.
Sabe toda aquela atenção que a mídia vem dando para artistas como Vanguart e Malu Magalhães? Deveriam dar pra esse cara.
Ps: O cd está disponível para ser baixado de graça até o dia 31/9 no site do Momo. Se eu fosse você baixava.
Pra ouvir:
http://www.myspace.com/momoproject
Para baixar:
http://www.listentomomo.com/index.php
quarta-feira, 17 de setembro de 2008
E nós chegamos ao fim

Assim começa o livro “E nós chegamos ao fim” do escritor americano Joshua Ferris, recém lançado no Brasil pela Nova Fronteira. O autor narra com acidez e fino sarcasmo o cotidiano de uma agência de publicidade. Principalmente o setor que normalmente é chamado cérebro da empresa: o departamento de criação. Suas personagens, extremamente realistas, são publicitários frustrados, individualistas e à beira de um ataque de nervos com o estouro da bolha das empresas .com. Todos temem que a crise econômica advinda daí ceife seus cargos e os ótimos salários e benesses a que estão acostumados. Com uma prosa precisa, fluida, sem carregar em estilismos, o escritor vai construindo um ambiente onde o pânico e a paranóia da demissão imperam, pois ninguém quer ser próximo da lista. Longe de fazer um livro corporativo, Ferris mostra com a sua escrita um universo cruel, uma realidade onde o indivíduo existe para ser empurrado ao limite, na maioria das vezes pela dominante filosofia do consumismo. Aqui não há só algozes nem só vitimas. Ambos se equiparam. Uma saída possível seria retomar os ideais de liberdade e volta ao essencial, à natureza de escritores como Whitman, Thureau e Emerson – citado no início do livro.
domingo, 14 de setembro de 2008
++


quarta-feira, 10 de setembro de 2008
Solomon
terça-feira, 9 de setembro de 2008
Jimpster - Rmeixes

Jimpster é um dos caras mais criativos da house music. Desde os seus momentos mais deep, até quando transita por estilos diversos (broken beat, nu jazz) nunca perdeu o rebolado da “real house music”. Lançou uma das melhores faixas de deep house do ano “Momma’s Groove” de incendiar qualquer pistão. Basta baixar a agulha para o efeito devastação ser sentido. Em 2008, o DJ, que é dono do Freerange Reords, lançou também Rmeixes, um cd duplo (um deles mixado) com seus remixes de
Para ouvir:
http://www.myspace.com/jimpster
Ted & Francis
Formados na Austrália, ambos transitam no campo do eletro/synth pop que já se tornou a marca registrada do som feito naquele país, casa do Cuty Copy, Midnight Juggernauts, Presets, etc. Ao contrário do Like Woah, mais eletrônico, sintético, o Ted & Francis aposta muito mais na força das melodias e nos vocais pop. Recentemente assinaram com o selo francês Kitsuné e integram a 6ª coletânea da gravadora – prestes a ser lançada e nomeada como The Melodic One.
A Kitsuné é conhecida por ser ponto de referência para muita gente, mas atualmente anda em baixa entre os fãs por conta de uma repetitividade meio indulgente no que anda produzindo. O Ted & Francis é uma boa aposta. O som pode não ser algo que vai mudar o mundo, mas, dançante e pra cima, dá um certo refresh na formula do estilo que fazem. Ficaram conhecidos nos blogs de música pela faixa “Erlend”. Além dela, há poucas informações sobre o projeto na net e apenas 3 faixas disponíveis no myspace deles. Não sei se vai vingar, mas vale a pena dar uma escutada, pois tem potencial para tanto.
Para ouvir:
http://www.myspace.com/tedandfrancis
segunda-feira, 8 de setembro de 2008
Armandinho no Justice?
Quem conhece o carnaval da Bahia sabe que tem umas horas no desfile de trios em que figuras como Armandinho, Pepeu Gomes e até mesmo Cid Guerreiro (ilari-lari-lariê) tentam mostrar seus dotes guitarrísticos e algum conhecimento de “rock” em “altos” solos de guitarra no meio da festa de momo. Geralmente é um momento saco em que ninguém dança, todo mundo finge ser eclético e super aberto a novas tendências no reino da axé-music. Esses solos geralmente são super ‘inspirados’ no virtuosismo de grandes “feras” do rock como Jimmy Page, Richie Blackmore e até Malmsteen (Durval do Asa...). Bem, parece que o Justice ouviu uma dessas sessions e resolveu fazer uma música super inspirada nos caras: Planisphere. É dividida em partes 1, 2, 3 e final (sinfonia?) e a parte final é exatamente a que mais tem cara de Cid Guerreiro. Alias, o Justice nessa de ser roqueiro as vezes vira uma coisa meio hard farofa...
Para ouvir:
http://www.myspace.com/etjusticepourtous
terça-feira, 2 de setembro de 2008
The Twelves - Episode II

01 Zeigeist - Humanitarianism (The Twelves Remix Replay)
02 Radiohead - Reckoner (The Twelves Replay)
03 Mirwais - Naive Song
04 Of Montreal - Gronlandic Edit
05 David E. Sugar - To Yourself
06 The Virgins - Rich Girls (The Twelves Remix Replay)
07 Daft Punk - Voyager
08 Jupiter - CHIP
09 Fleet Foxes - White Winter Hymnal (The Twelves Replay)
10 Metronomy - Heartbreaker
11 The Twelves - Works for Me (The Twelves Replay)
12 Lykke Li - Dance Dance Dance (The Twelves Replay)
Para ouvir:
http://www.myspace.com/thetwelves
Para baixar o mix:
Episode II
Little Boots e Fan Death - Já vi esse filme antes...
Para ouvir:
http://www.myspace.com/ladyhawkerock
http://www.myspace.com/littlebootsmusic
http://www.myspace.com/fandeath